O encontro entre o Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, e o legado de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, é uma história que transcende fronteiras culturais, religiosas e esportivas. Em 2016, um momento marcante uniu essas duas figuras icônicas: a entrega de uma camisa do Santos Futebol Clube e uma camisa do Brasil autografada por Pelé, ao pontífice argentino. Este gesto, carregado de simbolismo, não apenas celebrou a paixão pelo futebol, mas também reforçou os valores de humildade, fraternidade e solidariedade que ambos compartilhavam.
Iremos conversar como esse presente santista tocou o coração do Papa Francisco, destacando sua conexão com o esporte, sua relação com o Brasil e a relevância desse episódio para a Igreja e os fãs do futebol.
A Paixão do Papa Francisco pelo Futebol
Jorge Mario Bergoglio, conhecido mundialmente como Papa Francisco, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Cresceu em uma família humilde e, desde jovem, demonstrou um amor incondicional pelo futebol. Torcedor fervoroso do San Lorenzo, clube argentino fundado por um padre salesiano, o Papa Francisco nunca escondeu sua paixão pelo esporte. Em diversas ocasiões, ele destacou o futebol como uma ferramenta de união entre povos, capaz de promover valores como trabalho em equipe, respeito e alegria.
Em sua autobiografia Esperança (2025), o Papa Francisco relembra como o futebol fazia parte de sua infância no bairro de Flores, onde jogava com amigos nas ruas. Ele também cita o impacto cultural do esporte na América Latina, onde o futebol é mais do que um jogo — é uma expressão de identidade e comunidade.
Essa conexão pessoal com o esporte torna o gesto do presente santista ainda mais significativo, pois reflete não apenas sua admiração por Pelé, mas também sua compreensão do futebol como um símbolo de esperança e inclusão.
Pelé: O Rei do Futebol e Sua Conexão com o Santos
Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, é uma lenda viva do esporte. Nascido em Três Corações, Minas Gerais, em 1940, Pelé conquistou o mundo com seu talento incomparável. Durante sua carreira no Santos Futebol Clube, entre 1956 e 1974, ele marcou mais de 1.000 gols e levou o clube a inúmeras conquistas, incluindo dois títulos mundiais (1962 e 1963). Sua habilidade em campo e sua humildade fora dele fizeram de Pelé um ícone global, admirado por pessoas de todas as religiões e culturas.
Pelé também era conhecido por sua espiritualidade. Criado em uma família católica, ele frequentemente expressava gratidão a Deus por seus dons. Em entrevistas, como a concedida à Folha de S.Paulo em 2010, Pelé mencionou sua fé como uma força orientadora em sua vida. Essa dimensão espiritual de Pelé ressoa com os valores defendidos pelo Papa Francisco, que sempre enfatizou a importância da fé, da humildade e do serviço aos outros.
O Presente Santista: Um Momento Histórico
Em 13 de julho de 2016, durante uma audiência no Vaticano, o Papa Francisco recebeu uma camisa do Santos com seu nome e uma camisa do Brasil autografada por Pelé. O presente foi entregue por uma delegação brasileira, liderada por representantes do clube e autoridades locais de Santos, em um gesto que celebrou a ligação entre o pontífice e o Brasil. A camisa, com o número 10 e a assinatura de Pelé, simbolizava não apenas a grandeza do futebol brasileiro, mas também a admiração mútua entre o Papa Francisco e o Rei do Futebol.
Segundo o Vatican News (2016), o Papa Francisco ficou visivelmente emocionado ao receber o presente. Ele sorriu, segurou a camisa com cuidado e agradeceu pelo gesto, destacando sua admiração por Pelé. O pontífice também aproveitou a ocasião para falar sobre o papel do esporte na construção de pontes entre povos, especialmente em um mundo marcado por divisões. Ele afirmou: “O futebol, quando vivido com espírito de fraternidade, pode ser uma escola de vida, ensinando-nos a respeitar uns aos outros e a celebrar a alegria de estar juntos.”
Esse momento foi amplamente noticiado pela imprensa brasileira, com destaque em veículos como o G1 e o Diário do Litoral (2025), que relembraram o episódio após a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025. A entrega da camisa tornou-se um símbolo da conexão entre a Igreja Católica e a cultura popular, mostrando como gestos simples podem carregar significados profundos.
O Contexto da Visita ao Vaticano
A entrega da camisa ocorreu em um momento especial do pontificado do Papa Francisco. Em 2016, ele já era reconhecido mundialmente por sua abordagem progressista, com ênfase na misericórdia, na justiça social e no diálogo inter-religioso. Sua encíclica Laudato si’ (2015), que aborda a crise climática e a necessidade de cuidado com a “casa comum”, havia consolidado sua imagem como um líder comprometido com as questões globais. Além disso, o Papa Francisco demonstrava um carinho especial pelo Brasil, país que visitou em 2013 para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.
Durante a audiência de 2016, a delegação brasileira também presenteou o Papa Francisco com outros itens simbólicos, como uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Esses gestos reforçaram a conexão do pontífice com a cultura e a espiritualidade brasileiras, que ele sempre valorizou. Em sua mensagem aos brasileiros na ocasião, publicada pelo Vatican News, o Papa Francisco pediu orações pela paz e pela unidade, temas centrais de seu pontificado.
O Significado do Gesto para o Papa Francisco
Para o Papa Francisco, a camisa do Santos não era apenas um objeto esportivo, mas um símbolo de valores que ele defendia. Em sua exortação apostólica Evangelii Gaudium (2013), ele escreveu sobre a importância de encontrar alegria nas coisas simples da vida, como a convivência e a partilha. O presente de Pelé, com sua carga emocional e cultural, encaixava-se perfeitamente nessa visão. Além disso, a humildade de Pelé, que veio de origens pobres e nunca esqueceu suas raízes, ecoava a mensagem do Papa Francisco de proximidade com os mais necessitados.
Em sua autobiografia, o Papa Francisco menciona sua admiração por figuras que, como Pelé, usaram seus talentos para inspirar outros. Ele escreveu: “Deus dá dons a todos, e cabe a nós usá-los para o bem comum.” A camisa autografada, portanto, representava não apenas o reconhecimento de um ícone esportivo, mas também a celebração de uma vida dedicada a espalhar alegria e esperança.
A Relevância do Episódio para o Brasil
No Brasil, o encontro entre o Papa Francisco e o legado de Pelé teve um impacto significativo. O futebol é uma paixão nacional, e Pelé é um símbolo de orgulho para os brasileiros. A entrega da camisa foi vista como uma ponte entre a Igreja Católica e a cultura popular, reforçando a relevância da fé em um país onde o catolicismo ainda desempenha um papel central, apesar do crescimento das igrejas evangélicas.
O G1 (2025) destacou que o gesto de 2016 foi lembrado com carinho pelos brasileiros após a morte do Papa Francisco. Muitos fiéis e torcedores do Santos compartilharam nas redes sociais fotos do pontífice segurando a camisa, celebrando a união entre espiritualidade e esporte. O episódio também inspirou iniciativas locais, como eventos esportivos promovidos por paróquias em Santos, que buscavam integrar jovens por meio do futebol e dos valores cristãos.
O Legado de Pelé e do Papa Francisco

Tanto o Papa Francisco quanto Pelé deixaram legados que transcendem suas áreas de atuação. O pontífice, com seu foco na misericórdia e na justiça social, transformou a imagem da Igreja Católica, aproximando-a dos mais pobres e marginalizados. Pelé, por sua vez, elevou o futebol a um patamar de arte e inspirou gerações com sua história de superação.
O presente santista de 2016 é um lembrete de como esses dois homens, cada um em seu campo, promoveram a fraternidade e a esperança. Como afirmou o Papa Francisco em sua encíclica Fratelli tutti (2020), “somos todos irmãos, chamados a construir um mundo mais justo e solidário.” Pelé, com seu sorriso e sua generosidade, personificava esse chamado, enquanto o Papa Francisco o traduzia em ações e palavras.
A Morte do Papa Francisco e a Memória do Presente Santista
Em 21 de abril de 2025, o mundo lamentou a morte do Papa Francisco, um pontífice cuja humildade e compromisso com a justiça social deixaram uma marca indelével na Igreja Católica e além. Sua partida gerou tributos globais, com muitos refletindo sobre sua profunda conexão com a América Latina e seu amor por expressões culturais como o futebol. No Brasil, a memória do presente de Pelé em 2016 ressurgiu como um lembrete tocante de sua calorosa acessibilidade. Segundo o Vatican News (2025), a camisa do Santos, exposta no Vaticano, tornou-se um símbolo de seu legado, com visitantes destacando sua importância como uma ponte entre a fé e a cultura popular.
A morte do Papa Francisco também reacendeu discussões sobre sua admiração por Pelé, que faleceu em 2022. A mídia brasileira, incluindo O Globo (2025), relatou como o presente da camisa encapsulou os valores compartilhados de humildade e serviço que definiam ambos os homens. Para os fiéis em Santos, o momento ganhou ainda mais peso, pois destacou o papel de sua cidade em unir dois ícones globais. A memória do Papa Francisco segurando a camisa do Santos continua a inspirar, servindo como testemunho de sua capacidade de encontrar alegria e significado nos gestos mais simples.
Conclusão

A entrega da camisa do Santos e a do Brasil autografada por Pelé ao Papa Francisco em 2016 foi mais do que um simples ato protocolar. Foi um encontro de valores, uma celebração da fé, da humildade e da alegria que o futebol e a espiritualidade podem proporcionar. O Papa Francisco, com sua paixão pelo esporte e seu compromisso com a fraternidade, encontrou no presente santista um reflexo de sua própria missão. Para os brasileiros, esse momento reforçou a conexão entre a Igreja e a cultura popular, mostrando que gestos simples podem ter um impacto duradouro.
O legado desse encontro continua vivo, inspirando reflexões sobre como o esporte e a fé podem unir pessoas em um mundo dividido. Como o Papa Francisco dizia, “a alegria de viver é um dom de Deus, e o futebol, quando bem vivido, é uma expressão dessa alegria.” Que a memória desse presente santista continue a tocar corações, assim como tocou o do pontífice.
Quer saber mais sobre as cidades da Baixada Santista? Visite nosso site e as diferentes categorias! Clique aqui!
1 thought on “Papa Francisco e Pelé: O Presente Santista que Tocou o Pontífice”